Meu olhar não sorri para você hoje.
Nem hoje, nem amanhã.
Por enquanto ele não vai sorrir, o meu triste olhar.
Ele se mantém calmo e breve.
Neste dia que passou e que não é mais dia,
meu olhar desmaiou.
domingo, 26 de dezembro de 2010
domingo, 19 de dezembro de 2010
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Por hoje
Hoje eu sou nada e não há nada que me faça ser alguma coisa. Talvez um cobertor para eu me esconder, uns óculos escuros, para eu sentir que estou um pouco escondida. Nem isso. Eu não sou hoje, e se esse dia for mais tarde questionado, será uma grande incógnita que ninguém tentará resolver. E pouco importa. Não há eu por hoje, e eu espero que eu sobreviva a essa enorme inexistência de mim.
Assim era
Ela esperava dia sim, dia não, pelo momento em que alguma coisa aconteceria. Não se frustrava mais com a longa espera, mas certamente as suas pernas estavam cansadas de tanto aguentar em pé.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
domingo, 12 de dezembro de 2010
O que te traz
O que te traz aqui
se eu sempre fui tão cheia de clichês?
se eu nunca soube de nada?
Seu amor mal dava para você,
o que te traz aqui?
se eu sempre fui tão cheia de clichês?
se eu nunca soube de nada?
Seu amor mal dava para você,
o que te traz aqui?
Pedaço meu e seu
Eu fui procurar no seu ármario
um pedaço de alguma coisa
eu achei coisas demais
e nenhum pedaço:
só coisas inteiras.
Eu penso se eu terei,
serei
ou farei
um pedaço disso aqui.
um pedaço de alguma coisa
eu achei coisas demais
e nenhum pedaço:
só coisas inteiras.
Eu penso se eu terei,
serei
ou farei
um pedaço disso aqui.
sábado, 11 de dezembro de 2010
quarta-feira, 8 de dezembro de 2010
Insultos de madrugada
Ouço gritos na casa ao lado
alguém briga com alguém
e como gritam
parecem desesperados
os dois aumentam o tom de voz
e às vezes se calam por um minuto
depois voltam os gritos
alguns insultos que eu não ouço bem
é engraçado, pra mim aqui de fora
é tão evidente
que tudo que os dois, berrando, esperam
é um pedido de perdão,
e um abraço.
alguém briga com alguém
e como gritam
parecem desesperados
os dois aumentam o tom de voz
e às vezes se calam por um minuto
depois voltam os gritos
alguns insultos que eu não ouço bem
é engraçado, pra mim aqui de fora
é tão evidente
que tudo que os dois, berrando, esperam
é um pedido de perdão,
e um abraço.
Essa chuva
Vejo da minha janela uma chuva que eu não sei
o que faz ali
essa janela é minha
esse lado de fora da janela também é um pouco meu
quem foi que mandou essa chuva
essa hora da noite
na minha janela?
o que faz ali
essa janela é minha
esse lado de fora da janela também é um pouco meu
quem foi que mandou essa chuva
essa hora da noite
na minha janela?
Transferência
Hoje eu estou cheia de ódio
-de mim, do dia de hoje, das montanhas de algum lugar
estou com saudade de não sentir ódio
porque ele me machuca
nos poucos minutos que dura
se alimenta de minhas víceras, e como dói
Esse ódio que me deu hoje
trouxe até um pouco de ânsia
de tão forte
eu não sei por que tanto ódio
Eu talvez possa explicar
que tudo isso seja feito
desse amor que eu não posso sentir
não quero, não devo, não não não
transformo em ódio
para poder continuar.
-de mim, do dia de hoje, das montanhas de algum lugar
estou com saudade de não sentir ódio
porque ele me machuca
nos poucos minutos que dura
se alimenta de minhas víceras, e como dói
Esse ódio que me deu hoje
trouxe até um pouco de ânsia
de tão forte
eu não sei por que tanto ódio
Eu talvez possa explicar
que tudo isso seja feito
desse amor que eu não posso sentir
não quero, não devo, não não não
transformo em ódio
para poder continuar.
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Lá dentro
A minha cólica e a dor no peito vão passar.
A chuva vai passar.
O tempo, a vida, os homens,
o ferro e a fome.
A vontade de qualquer coisa vai passar.
Todo mundo que vier,
todo mundo que me fizer chorar,
ou não fizer nada.
Não adianta dizer que não.
O infinito vai passar, eu prometo.
É assim, e não há deus que negue.
O que não passa
(e contra isso não há remédio)
é a solidão.
O peito, ele é solitário.
Pode enchê-lo de mesquinharias,
de segredos, de saudades, de pessoas,
ele é só ele.
E quando tudo der errado,
e se tudo der certo
e se nada acontecer além das coisas,
o peito é sozinho lá dentro.
E isso não vai passar.
A chuva vai passar.
O tempo, a vida, os homens,
o ferro e a fome.
A vontade de qualquer coisa vai passar.
Todo mundo que vier,
todo mundo que me fizer chorar,
ou não fizer nada.
Não adianta dizer que não.
O infinito vai passar, eu prometo.
É assim, e não há deus que negue.
O que não passa
(e contra isso não há remédio)
é a solidão.
O peito, ele é solitário.
Pode enchê-lo de mesquinharias,
de segredos, de saudades, de pessoas,
ele é só ele.
E quando tudo der errado,
e se tudo der certo
e se nada acontecer além das coisas,
o peito é sozinho lá dentro.
E isso não vai passar.
Susto
Eu não sabia que a música ainda não tinha acabado, e quando ela voltou a tocar eu levei um susto. Um susto bom, claro. Um susto tão bom quanto daquela vez que você me flagrou bocejando alto. E você falou comigo. Você nunca falava comigo.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
A day
The thing is, today is just a sad day. It would be very very sad, if it wasn't for the fact that it is just a day.
maybe tomorrow
É hoje que eu vou ser eu e fazer as coisas que eu faço. É definitivamente hoje.
Talvez amanhã eu comece todas as outras coisas.
Talvez amanhã eu comece todas as outras coisas.
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
A minha insignificância disfarçada de mundo
O mundo é tão insignificante, que se ele acabasse hoje, seria como se ele nunca tivesse existido para o resto do Universo.
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