Tu me tinhas
em segredo
em holofotes
em cada minuto
do dia,
tu me tinhas.
E hoje,
o que tu tens?
segunda-feira, 29 de março de 2010
domingo, 28 de março de 2010
Nove bilhões
Todos os dias me acompanha um tormento
de dor, de saudade, de ansiedade
Que será dos meus dias? Que será do que foi?
O que vai me restar, quando nada restar?
Dói a vida brotando, nova
Dói ficar sozinha por um segundo
E neste segundo, não ter ninguém
Mas logo alguém grita de longe, que alguma coisa aconteceu
Um assassinato, um nascimento, uma vitória ou uma derrota
Coisas acontecem a todo instante
Novas flores brotam no chão, enchentes encharcam o mundo
Eu, sozinha, nunca estou sozinha
O mundo inteiro não passa de uma solidão de nove bilhões de pessoas.
de dor, de saudade, de ansiedade
Que será dos meus dias? Que será do que foi?
O que vai me restar, quando nada restar?
Dói a vida brotando, nova
Dói ficar sozinha por um segundo
E neste segundo, não ter ninguém
Mas logo alguém grita de longe, que alguma coisa aconteceu
Um assassinato, um nascimento, uma vitória ou uma derrota
Coisas acontecem a todo instante
Novas flores brotam no chão, enchentes encharcam o mundo
Eu, sozinha, nunca estou sozinha
O mundo inteiro não passa de uma solidão de nove bilhões de pessoas.
Diálogo
-Estou tão cansada de sofrer, não quero mais amar.
-E o que lhe resta então, é continuar sofrendo.
-E o que lhe resta então, é continuar sofrendo.
quinta-feira, 25 de março de 2010
De repente, outro mundo
De um dia para o outro
de repente se acorda
se acorda para o mundo
que, de um dia para o outro,
é um outro mundo.
de repente se acorda
se acorda para o mundo
que, de um dia para o outro,
é um outro mundo.
terça-feira, 23 de março de 2010
segunda-feira, 22 de março de 2010
sábado, 20 de março de 2010
quinta-feira, 18 de março de 2010
Canto de cisne
Chore porque eu não te amo,
ou chore porque te deixei.
Chore com a música
que já não é nossa,
ou chore com o som
dos meus passos partindo.
Chore com o meu silêncio
do outro lado da linha.
Chore porque eu já não sou sua,
chore, eu peço, chore por mim.
Seu sorriso me dói demais.
ou chore porque te deixei.
Chore com a música
que já não é nossa,
ou chore com o som
dos meus passos partindo.
Chore com o meu silêncio
do outro lado da linha.
Chore porque eu já não sou sua,
chore, eu peço, chore por mim.
Seu sorriso me dói demais.
Nem precisa ser poeta
Nem precisa ser poeta
e nem o és
mas a poesia vem
todo dia
com cada palavra
que pronuncias.
e nem o és
mas a poesia vem
todo dia
com cada palavra
que pronuncias.
Há quem diga
Há quem diga que foi de propósito,
há quem diga que foi sem querer.
Haverá sempre alguém para dizer,
nem sempre alguém para ouvir.
E pra mim nem importa.
Pode ser que sim, pode ser que não.
A data vai ficar marcada,
a ausência vai ficar marcada,
O motivo eu já esqueci.
há quem diga que foi sem querer.
Haverá sempre alguém para dizer,
nem sempre alguém para ouvir.
E pra mim nem importa.
Pode ser que sim, pode ser que não.
A data vai ficar marcada,
a ausência vai ficar marcada,
O motivo eu já esqueci.
A B.C.
terça-feira, 16 de março de 2010
Pata de quatro patas
Sonhei com você hoje. Foi rápido o sonho, porque era uma soneca no meio da tarde.
Você estava linda com uma calça jeans (acho que eu nunca te vi de jeans) e me apresentava para o seu novo namorado. Ele era meio mala, falava demais, e era meio prepotente. Você sorria e achava ele o máximo. De repente, você começava a se dar conta de que ele não combinava com você e começávamos a rir bem gostoso. Eu e você bem cúmplices, como já fomos um dia, como estamos sendo agora. Você tão longe, e mesmo assim eu consegui sentir a sua risada. Eu quis te contar, porque você me sorriu numa soneca no meio da tarde, e eu estou te sorrindo agora.
Você estava linda com uma calça jeans (acho que eu nunca te vi de jeans) e me apresentava para o seu novo namorado. Ele era meio mala, falava demais, e era meio prepotente. Você sorria e achava ele o máximo. De repente, você começava a se dar conta de que ele não combinava com você e começávamos a rir bem gostoso. Eu e você bem cúmplices, como já fomos um dia, como estamos sendo agora. Você tão longe, e mesmo assim eu consegui sentir a sua risada. Eu quis te contar, porque você me sorriu numa soneca no meio da tarde, e eu estou te sorrindo agora.
Te amo e sinto sua falta.
domingo, 14 de março de 2010
Se quiser
Se quiser partir,
vá agora.
Se quiser ficar,
vá ficando aos poucos.
Não me avise,
não conte a ninguém,
vá ficando
a cada dia
devagar
até ocupar todo o espaço
que era vazio.
vá agora.
Se quiser ficar,
vá ficando aos poucos.
Não me avise,
não conte a ninguém,
vá ficando
a cada dia
devagar
até ocupar todo o espaço
que era vazio.
segunda-feira, 8 de março de 2010
4/4
Eu tinha quatro vidas.
Perdi duas,
por aí,
Tão à toa...
A terceira eu perdi,
porque foi preciso.
A última que me resta,
é tão escassa,
tão curta,
tão pequena,
tão à toa, por aí,
que eu cuido bem,
para nunca me faltar vida.
Perdi duas,
por aí,
Tão à toa...
A terceira eu perdi,
porque foi preciso.
A última que me resta,
é tão escassa,
tão curta,
tão pequena,
tão à toa, por aí,
que eu cuido bem,
para nunca me faltar vida.
Ou em pensamento
Há um modo certo de agir,
um modo bem simples.
Dizer coisas baixinho,
Mostrar gratidão,
(uma gratidão qualquer).
Há um modo certo, que é fácil de acertar.
É só andar devagarzinho,
com muita pressa.
É só ter uma urgência diária,
mas aguentar com força.
Mas é preciso,
(muito preciso mesmo)
lembrar de chamar o meu nome,
-todos os dias
nem que seja baixinho,
ou em pensamento.
um modo bem simples.
Dizer coisas baixinho,
Mostrar gratidão,
(uma gratidão qualquer).
Há um modo certo, que é fácil de acertar.
É só andar devagarzinho,
com muita pressa.
É só ter uma urgência diária,
mas aguentar com força.
Mas é preciso,
(muito preciso mesmo)
lembrar de chamar o meu nome,
-todos os dias
nem que seja baixinho,
ou em pensamento.
quinta-feira, 4 de março de 2010
Pena capital
Morreu a vontade, morreu a coragem, morreu o desejo, morreu a atração, morreu o carinho, morreu a memória, morreu a urgência, morreu a necessidade, morreu o tesão, morreu, morreu, morreu. E a morte, embora tão abundante, passou despercebida.
segunda-feira, 1 de março de 2010
Desvio
Porque hoje é um dia qualquer,
eu não lembrei de você.
eu não lembrei de você.
-Só um pouquinho, enquanto voltava pra casa.
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