segunda-feira, 8 de março de 2010

4/4

Eu tinha quatro vidas.
Perdi duas,
por aí,
Tão à toa...
A terceira eu perdi,
porque foi preciso.
A última que me resta,
é tão escassa,
tão curta,
tão pequena,
tão à toa, por aí,
que eu cuido bem,
para nunca me faltar vida.

3 comentários:

Letícia Cardoso disse...

Eu tenho medo de perder o que me resta. A gente tem tanta coisa por dentro, que ás vezes algumas coisas se vão e a gente só percebe depois, quando tá doendo.
Também cuido do que tenho.

E mais uma vez me encontro por aqui, onde só existem coisas que tocam a gente lá no fundo.

Beijo

Felipe Sanches disse...

a escassez faz a força.

Unknown disse...

Tudo aquilo que se esvai entre os dedos tem um valor tão maior que todas as coisas tão seguras e abundantes. Quanto mais temos, mais desligados estamos do possuímos.

Quanto mais tênue e frágil é a corda e o quão mais próxima ela é de se romper, mais queremos que ela resista.

Do contrário, que se cortem as cordas.

uma mordida na perna um veneno de lagarta no dedo uma conta negativa no banco uma franja que eu não gosto um bloqueio criativo um medo que n...