sexta-feira, 1 de agosto de 2008

O deserto dos meus olhos

A cor dos meus olhos é castanho-claro. Ao olhar para eles, é essa cor que se vê. Eu, no entanto, quando olho para meus próprios olhos no espelho vejo a mesma cor da areia do deserto. Desses desertos bem vazios mesmo. Sem oásis, sem caravanas de árabes, sem rastros de algum jipe que se perdeu, sem lagartos ou escorpiões (talvez um pequeno escorpião-filhote se esconda por debaixo de alguns grãos). Não me desanima abrigar essa cor tão solitária nos meus olhos. Foi num desses desertos bem vazios que o piloto de um avião encontrou o Pequeno Príncipe.

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eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...