Toda ilusão é dolorosa. Dolorosa porque é ilusão. E não passará disso, no estado permanente que algumas coisas tem. Ela corrói o coração que fica ali, vulnerável a qualquer mariposa suja que repouse suas patas sobre ele. Porque é como esperar que alguém que já morreu volte para a cama que deixou desfeita. Ouvir palavras que jamais sairão da boca alheia. Olhar pela janela e enxergar os raios do sol iluminando flores delicadas, enquanto uma chuva cai cinza e violenta sobre aquelas flores. A gente pensa que a ilusão não mata, mas ela mata sim. Ela nos mata devagarzinho, enquanto a gente não enxerga a chuva, mas sente ela caindo. Mata enquanto a gente espera aquele que não virá. É um enorme perigo deixá-la entrar, porque se ela se instalar sobre o peito, a gente passa a vida inteira morrendo, lentamente.
sábado, 12 de abril de 2008
Uma Outra Morte
Toda ilusão é dolorosa. Dolorosa porque é ilusão. E não passará disso, no estado permanente que algumas coisas tem. Ela corrói o coração que fica ali, vulnerável a qualquer mariposa suja que repouse suas patas sobre ele. Porque é como esperar que alguém que já morreu volte para a cama que deixou desfeita. Ouvir palavras que jamais sairão da boca alheia. Olhar pela janela e enxergar os raios do sol iluminando flores delicadas, enquanto uma chuva cai cinza e violenta sobre aquelas flores. A gente pensa que a ilusão não mata, mas ela mata sim. Ela nos mata devagarzinho, enquanto a gente não enxerga a chuva, mas sente ela caindo. Mata enquanto a gente espera aquele que não virá. É um enorme perigo deixá-la entrar, porque se ela se instalar sobre o peito, a gente passa a vida inteira morrendo, lentamente.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Casamento
Viramos um para o outro cabeças no travesseiro rimos do teco de pele que sangrou rimos da grosseria que foi dita do pernilongo gordo rimamos...
-
No café da manhã te conto um sonho você finge não entender te beijo e abraço suas costas você beija de volta e vai embora fico com as suas ...
-
Uma cestinha. As pessoas, que eram 16, entram naquela cestinha e o cara começa a soltar fogo pra esquentar o balão. Apavorante. A cestinha ...
-
uma mordida na perna um veneno de lagarta no dedo uma conta negativa no banco uma franja que eu não gosto um bloqueio criativo um medo que n...
Um comentário:
Minha amiga querida!
Estou fazendo minha primeira visita ao seu blog e, devo dizer q certamente não será a última. Gostei muito.
Muito louco esse tema q vc desenvolveu nesse post: a ilusão. Desilusão é algo que deveria ser comemorado, isso já o disse Clarice Lispector em um de seus romances. Porém, é algo que de fato relutamos e não admitimos.
A pior coisa é estar com a ilusão de que sabe, com a ilusão de que é amado, com a ilusão que ama, entre tantas outras. Chega, porém, algumas vezes o grande golpe de misericórdia lançando para longe nossos devaneios. Neste momento, paradoxalmente, ao invés de nos gabarmos porque estamos curados de nossas ilusões, entramos num processo depressivo e mergulhamos na pior das ilusões, a de que somos vítimas.
Whatever... exagerei aqui na viajem né?
Um bj Clarinha!
T adoro.
Postar um comentário