sexta-feira, 4 de abril de 2008
O vácuo de tudo
Eu tenho certeza que há um espaço entre as diferentes partes do cérebro. Um vácuo. Há um descanso entre o pensar, o agir, o comandar, o contar. Há um descanso entre a dúvida e o tapa. Um descanso entre o ir embora e o pensar depois. Um espacinho sem nada: nem um glóbulo vermelho, nem um átomo. É neste espaço que ficam as dúvidas nunca tiradas. As respostas nunca ditas, as palavras nunca pronunciadas. Os rostos não esquecidos. Aqui fica o perdão. Todos os perdões que não dizemos nunca. Porque este espaço é longe demais dos olhos. Dos homens, do entendimento. Algumas crianças moram nesse vácuo cheio de coisas. Algumas nunca saem dele. Pouco importa o que dizemos, porque toda a poesia fica escondida neste espacinho do cérebro, que nunca alcançamos.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
você, um beco
Querosene explosão admite a melhora admite a melhora da casa com as plantas uma samambaia para cada lado tirar dois livros da estante uma b...
-
Naquela sexta-feira eu tinha um casamento. Ou talvez uma festa chique, não sei exatamente. Quis fazer meu cabelo, minhas unhas, maquiagem. P...
-
Tudo isso para tão pouco, talvez pior do que pouco, talvez pior do que nada. Tudo isso para um abismo.
-
Por que foges, beija-flor? Não vês que te espero? Não sabes onde estou? Eu vi o sol nascer -E morrer tantas vezes. A ti eu vi tão pouco, Não...
Nenhum comentário:
Postar um comentário