quem ocupa os espaços
de decidir e guiar
não quer proteger ou cuidar
quer armas, garimpo
mansões em dinheiro
vivo
enquanto morrem de fome
de sede, de dor
aos seus pés
humanos
e quem ocupa os espaços
destrói nossa fonte de chuvas
a ciência, a mulher, as escolas
e tudo que há
ficamos de fora desses espaços
pasmos
catando migalhas e ossos
na fila do abismo
indignados
sem força, sem voz
sem chão, sem vez
sem ar.
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