as nozes, descobri outro dia, fazem bem para o cérebro. é fácil de lembrar pois elas têm formato de cérebro. meu vizinho passou horas limpando o chão do quintal com a mesma água que nos falta mês sim, mês não. me senti péssima por não ter berrado com ele, mas eu prefiro jogar mato na grama dele e outras frutas que estragam das minhas árvores. covarde. outro dia pensei que não escrevo mais poesia porque eu descobri que nunca escrevi poesia. escrevi pensamentos, dei a eles um espaçamento bonito e um lugar numa página em branco. depois, detestei tudo que escrevi, mas eles já não eram mais só meus. acho tão interessante pensar que vivemos agora o começo do fim deste mundo como conhecemos. estamos exterminando tudo e não há o que fazer porque o lado do extermínio é maior do que o lado da consciência. estamos no titanic e somos os violinistas, o próprio iceberg, a falta de botes e o capitão. somos o mar gelado. são tempos interessantes. sinto um misto de alegria de estar vivo com uma pergunta do por que estou viva agora, justo agora. eu e minhas mesquinharias, minha vontade de comprar um tênis novo, meu medo de ser mãe, minha vontade de fugir pro mato. não entendo por que as pessoas não se entopem de nozes, se fazem tão bem para o cérebro.
sábado, 8 de outubro de 2022
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