Um segundo após o outro
eu sofro com a vida.
Num segundo e não no outro
eu seguro o choro,
prendo a respiração.
A vida muda, a dor passa,
a respiração ainda presa.
Depois, com a pressa,
tudo volta num segundo,
e no outro eu sinto muito.
A vida, sendo tão pouca,
sobra em mim e nada me resta.
Eu transbordo a vida,
às vezes pelos olhos.
Eu espio a morte,
ela me espia de volta.
O flerte é grande,
mas eu não morro.
segunda-feira, 27 de maio de 2013
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