domingo, 3 de outubro de 2010

Parou

esvaziou, de tanto inundar
agora num vazio de universo
num vazio de estrela morta
de astronauta que volta trinta anos depois
acreditando que três meses se passaram
nesse vazio de inundações que levam tudo
de quem já não tem nada
num vazio de luz apagada
nesse vazio que não existe mais nada
não se põe, nem se tira
acho que o meu coração parou.

Um comentário:

uma mordida na perna um veneno de lagarta no dedo uma conta negativa no banco uma franja que eu não gosto um bloqueio criativo um medo que n...