segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Dezessete de junho de alguns anos atrás

Abri a caixa depois de quatro anos que eu a mantive fechada.
Cartas, bilhetes, desenhos
e algumas lágrimas que você colocou em um papel de seda.
Encontrei aquele nosso mundo, tão antigo, tão distante.
Não há nada que eu mudaria daquelas risadas
no corredor, naquele terraço secreto,
naquele jardim de outra casa: a gente só sabia rir
do mundo dos outros.
Um dia eu cresci demais para aquele casal que éramos.
Eu e você,
ficamos naquela caixinha azul.

Um comentário:

Anônimo disse...

Nossa história será maior que uma caixinha, garanto...

Casamento

Viramos um para o outro cabeças no travesseiro rimos do teco de pele que sangrou rimos da grosseria que foi dita do pernilongo gordo rimamos...