segunda-feira, 12 de julho de 2010

Capítulo doze ou treze

Eu e a Carol tínhamos ciúmes de tudo naquele acampamento. Do refeitório bagunçado, dos beliches rabiscados, do pebolim, do palco cheio de placas com recados carinhosos. Aquilo tudo era só nosso e de mais ninguém. Então, depois de algumas semanas, meu pai ligou e disse que a Mariana estava chegando. Eu e a Carol entramos em desespero. Como se alguém fosse ocupar nosso reinado, como se alguém fosse tomar tudo aquilo da gente. Passamos então a avisar todo mundo que a Mariana era uma chata dissimulada. Que ela era sem graça, que era fresca e não tinha nada a ver com o acampamento. Todo mundo ficou esperando receber a Mariana que avisamos que estaria chegando. Não deu outra: ela chegou e imediatamente todo mundo, dos mais pequenos aos adolescentes mandões, se apaixonou por ela. Não houve uma pessoa dali que não disse que ela era a pessoa mais linda, engraçada e fofa que existia. No dia seguinte eu tive cólicas e ela passou a tarde toda cuidando de mim.

Um comentário:

Bombom disse...

Estou chorando na internet da india. Que coisa mais linda, linda linda...

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...