domingo, 18 de abril de 2010

o velho medo


Vez ou outra acordo num susto. É aquele velho medo de estar viva. Todo mundo sabe que eu tenho isso. Parece loucura, mas é muito sã. Eu tenho medo de estar viva, porque morrer parece fácil. Puff, acabou. Estar viva é uma coragem. Os sonhos me apavoram. Digo sonhos desses de alcançar. Apavoram porque podem vir amanhã, ou podem nunca vir. E tem também as perdas. Dia se ama, dia não. E se eu amar, mas de repente não amar mais? Não foi de repente que do silêncio fez-se o pranto? E se meu barulho também virar pranto? E se? Lá vou eu questionar tudo. É o medo, quando se tem esse medo todo que eu tenho, tudo parece uma grande bobagem, tudo parece faz-de-conta, não é possível que nada disso seja real. Será que quando se realiza um sonho, no dia seguinte se continua vivendo? Como é a vida após o sonho? Ela existe?

Nenhum comentário:

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...