Talvez uma das minhas pernas fosse coxa e talvez minha existência tenha sido mesmo insignificante. Mas, na verdade, mal sabes ti que eu não o admirei como pensaste. Eu o quis porque tu me admiraste, e isso me foi bonito. Quando finalmente viste os meus defeitos, fostes embora. Eu agradeço por fim, por teres partido. Tu eras tão manco quanto eu, mas eu era manca apenas na perna. E tu? Bom, tu era um ser coxo da cabeça aos pés. Tua existência foi coxa e morreste tão só quanto eu.
segunda-feira, 26 de outubro de 2009
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4 comentários:
fantástico!
nuance essencialmente realista de um romance de marcantes traços psicológicos.
Mais coxo é quem me diz, e foge se arrastando rumo aos vermes.
Só consigo pensar assim:mais um que vai para o espaço, e mais espaço para mim...
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