sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

O meu primeiro amor

Eu tinha um ursinho de pelúcia que era um porco. Eu devia ter uns 9, 10 anos. Ele vestia um suspensório e uma camisa social. Era pequeno, o porquinho. Eu dormia abraçada nele, acordava e o levava para onde eu fosse. Ele me dava paz, me protegia. Uma vez fui com a minha família para uma dessas viagens, devia ser a Disney, e eu levei meu companheiro porquinho. Ele não tinha nome, porque eu nunca precisava chamá-lo: ele não me abandonava. Fomos juntos em todos os brinquedos do parque, e na hora de voltar para São Paulo, eu o esqueci no banheiro do aeroporto. Ele me abandonou. Senti falta de tê-lo dado um nome, porque eu não pude chamá-lo. Me desesperei tanto, que pensei que minha vida não tinha mais sentido. Eu não queria voltar para casa, porque eu esperava que ele fosse voltar para mim. Mas ele não voltou. Ele nunca foi encontrado (ou se foi, foi por outra garotinha) e eu tive que voltar. Demorei muito tempo para superar a perda do porquinho de suspensório. Meu pai me deu outros bichos para tentar amenizar, tipo um tatuzinho cinza que usava lenço vermelho, mas nada substituiu o meu porquinho. Domingo eu faço aniversário. Completo 22 anos. E eu queria que o meu porquinho estivesse aqui para comemorar o meu aniversário comigo.
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6 comentários:

Sarah Germano disse...

não sei se te consola, querida clara, mas td mundo tem um porquinho

Anônimo disse...

Ah que fofo Clara *-*
Hoje é seu aniversário? Parabens!
Vc é uma das minhas poetas preferidas!

Anônimo disse...

Ahh é 22 então! Parabéns Clarinha!!! FELICIDADES Querida!

Anônimo disse...

Ahh é 22 então! Parabéns Clarinha!!! FELICIDADES Querida!

Anônimo disse...

ai que bonitinho!

croki disse...

eu não sabia dessa história linda croki! eu sou o seu porquinhoooooooooo... apesar de não usar suspensório :) amo vc!!!!

beijo

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...