segunda-feira, 5 de maio de 2008

Efemeridade

Quero ter aquela liberdade por um segundo.
Aquela que tive assim que nasci sem pedir.
A mesma que tem um ex-detento quando é largado no meio da estrada.
Ou a do mendigo que não consegue se lembrar do gosto de um frango.
Aquela liberdade depois da droga, quando se esquece o próprio nome.
Quero a liberdade de ter casa mas não ter lar.
A liberdade do nada: do nada ter, saber, fazer, do por nada viver.
Eu quero essa liberdade.
Mas ouça, eu só a quero por um segundo,
Depois eu quero voltar a tudo que me prende todos os dias.

Um comentário:

NANDA MAGALHÃES disse...

Clarice. sempre a Clarice. Que entende agte, mesmo quando agte não se entende.
Ela, sempre ela. Que me entende mesmo quando eu não.

"Ela é tão livre que um dia será presa.
'Presa por quê?'
'Por excesso de liberdade.'
'Mas essa liberdade é inocente?'
'É. Até mesmo ingênua'.
'Então por que a prisão?'
'Porque a liberdade ofende."

Beijos Futura!

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...