segunda-feira, 25 de setembro de 2023

Desde então não te obedeço

Desde então não te obedeço.
Tenho ficado sozinha, 
não tenho mais hora para sair.
Meu tapete vazio do seu corpo,
as coisas sem seu cheiro, todo o jardim.
Até o seu prato eu já tirei. 
O seu pedido no fim da tarde,
eu sempre obedeci.
Desde então não te obedeço,
mas eu sinto a sua pata, invisível, 
me pedindo pra sair.

 

Nenhum comentário:

uma mordida na perna um veneno de lagarta no dedo uma conta negativa no banco uma franja que eu não gosto um bloqueio criativo um medo que n...