Tenho uma poesia
entalada na garganta.
Às vezes eu sinto o seu gosto.
Me sobe um refluxo,
dá azia
e a poesia
não sai do lugar.
Tentei pintar
assobiar
subir num palco
disfarçar
mas a poesia entalou.
Fincou as raízes
com a ponta do dedo
ela pinta de rosa
vez ou outra
a visão.
Sai não.
Como pomo de adão
a poesia é de lá:
fincada
engasgada
entalada na garganta.
Um comentário:
lindo
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