terça-feira, 6 de abril de 2021

Na garganta

Tenho uma poesia 
entalada na garganta.
Às vezes eu sinto o seu gosto.
Me sobe um refluxo,
dá azia 
e a poesia 
não sai do lugar.
Tentei pintar
assobiar
subir num palco 
disfarçar
mas a poesia entalou.
Fincou as raízes
com a ponta do dedo
ela pinta de rosa
vez ou outra 
a visão.
Sai não. 
Como pomo de adão
a poesia é de lá:
fincada
engasgada
entalada na garganta. 



As suas coisas espalhadas

Elas me observam andar pela casa, chorar escrever  quando é minha vez de observá-las choro um pouco mais por tudo que carregam viagens, lemb...