domingo, 20 de janeiro de 2019

Tolerância zero

A professora era querida pelos alunos. Era uma mulher jovem, simpática e sempre dava um tempinho para os alunos brincarem no final da aula. Os alunos estavam, aos 11 anos, passando por uma fase de falar muito palavrão e de testar os limites dos professores. Inclusive os coordenadores haviam falado para os professores ficarem atentos e avisarem a direção se algum dos alunos passasse dos limites. A tolerância com palavrões era zero naquela escola. Era uma quinta-feira e na sexta os alunos iriam para um passeio, então o clima era de quase folga. Estavam todos animados. No final da aula a professora propôs o jogo dos palitos, aquele no qual o jogador tem que tentar pegar o máximo de palitos que conseguir sem mexer os outros. Se qualquer outro palito mexer, ele perde a vez. A professora jogava com o maior entusiasmo, como se os alunos fossem seus amigos. Ela estava perdendo, então estava mais atenta do que nunca nas jogadas. Quando era quase sua vez de novo e o aluno do seu lado estava conseguindo pegar um palito atrás do outro, ela viu um dos palitos mexer. Aparentemente os outros alunos não tinham visto nenhum movimento. Ela disse: "ei, o palito de baixo mexeu!" O aluno que jogava falou: "não mexeu não!" Ela, distraída, respondeu de forma automática: "mexeu pra caralho!" Os alunos ficaram completamente boquiabertos, sem conseguir reagir ao palavrão da professora.

Um comentário:

Anônimo disse...

kkkkkkkkkkkConheço a professora

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...