Não há muito o que escolher
um tapete mofado, um chão sujo
não há saída
uma fuga talvez, um abandono
lágrimas agora ou depois, tanto faz
as coisas mudam
para voltar a ser o que eram
nada é fixo, estático
e andar em círculos também é andar
o que fazer
senão sentar e assistir tudo ruir
pregar as próprias mãos numa cruz
deixar-se levar ou morrer lentamente
Não há o que escolher
a escolha nunca foi uma escolha real
já estava tudo decido muito antes
o copo que está no chão
não está meio cheio nem vazio
está quebrado.
domingo, 28 de outubro de 2018
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