dar as mãos é um altar sagrado
às vezes eu me lembro de músicas que ele gostava e que me lembram verão
é engraçado eu não me lembrar do toque das mãos dele, mesmo depois de tanto tempo, acho que nunca me acostumei
aqueles olhos amarelos, o olhar doce
quando um gato lambe a gente faz cócegas porque a língua deles é áspera
estou aprendendo só agora a me deixar sentir o que não é seguro
sentimentos à flor da pele me incomodam
hoje eu enrolei os meus cabelos só pra mim
comida orgânica atrai bem mais mosca
eu não sei por onde andei antes, mas eu gosto do cheiro dos seus lençóis
se a minha poesia é inútil para você, fica com a minha risada
escrevo poesia até no carro, enquanto o farol não abre
eu nunca sonhei com você, em nenhum sentido de sonhar
a causa dos animais, o corpo duro, eu não sei
eu nunca aprendo, mas parece que finalmente eu não tenho pressa.
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
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Um comentário:
lindo
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