segunda-feira, 29 de setembro de 2014

D.

Muitas das minhas lembranças da infância levam D comigo. Acho tão doce esse pensamento de que quando eu era pequena brincava tanto de boneca, de faz de conta, de pequenas pessoinhas do tamanho de um grão de arroz. Mas o mais doce é pensar que o meu jeito de brincar era igual o jeito que D brincava. E a gente mais ria que brincava. A gente ria de absolutamente tudo. Lembro de nós duas descobrindo a adolescência juntas. Ficávamos espantadas com meninos olhando nossas saias. "Mas que diabos tem de tão legal nessa sainha de praia?". A gente era maior que tudo isso. Maiores que qualquer coisa. Porque a gente tinha aquela cumplicidade de quem brincava de Barbie juntas. Um dia eu tive uma despedida importante na minha vida e ela estava do meu lado. Ela chorou comigo. Mas acho que aquele dia foi nossa despedida também, nunca mais eu vi D.

Um comentário:

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...