quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Deixei o sangue pulsar


Eu ia escrever uma carta, mas o grito que vinha de dentro era alto demais. Uma carta não bastaria. Eu ia aparecer no meio da sala da casa dele, fechar a janela e dizer tudo o que eu queria dizer. Mas eu tive medo. Medo de entrar lá e não sair nunca mais - igual a todas as outras vezes. Eu ia ligar, eu ia ajoelhar, eu ia abraçá-lo até sair sangue. Mas eu não fiz nada disso. Eu me calei. Eu deixei o sangue pulsar. Eu o via de longe e guardava o grito, guardava o choro, guardava o coração de volta no peito. Eu não disse nada e ele foi embora. Ele desistiu tranquilamente, resignado e em paz. A mesma paz que ele me roubou.

4 comentários:

Anônimo disse...

Serei eu? Que pretensão!

Maria Clara Moraes disse...

Pretensão? De quem, minha? Não entendi!

Anônimo disse...

Que pretensão a minha de pensar que você pensa em mim.

Maria Clara Moraes disse...

SAIAAAAAAA DO ANONIMAAAAAAAAAAAAAAAAAAATOOOOOOOOOOO
CACILDSSSSSSSSSSSSSSSS

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...