quinta-feira, 30 de junho de 2011

O destino vestindo um velho chapéu

Começo a achar, mais até do que achar, começo a ver que eu não estou fazendo nada além de esperar o destino me encontrar. Mas que destino é esse? Não sei, já perdi o interesse em descobri-lo. Os dias passam e eu já nem olho mais no relógio para flagar a hora certa que ele me encontrar. O que eu antes pensava sobre esse destino não lembro, faz tempo que eu já não acho mais nada. Ele deve ser bem sem graça, porque já perdeu o timing, e uma boa piada depende do timing. Ele já transbordou o limite das expectativas o que faz dele também qualquer coisa acima ou abaixo delas. É possível que ele passe por mim e eu nem perceba. É possível que eu acene para ele, que vestirá um velho chapéu, e nem saiba que se trata do meu destino. Ele, desanimado pela minha falta de reconhecimento, certamente passará e irá embora, como castigo por eu não tê-lo reconhecido. Então, eu deverei esperar tudo de novo, até que ele resolva aparecer novamente. Ao pensar nisso tudo a idéia me faz chorar: e se ele já tiver passado, acenado e ido embora?

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu também queria saber, como reconhecer o destino, como saber se aquilo que está acontecendo na minha vida é realmente o destino ou apenas um acaso que eu posso deixar passar ... por favor, se descobrir essas respostas, escreva sobre isso. Obrigada!

Anônimo disse...

=]

Demais!

Roberto Kreitchmann - Jornalista disse...

Gostei do teu blog. Escolhi fazer um comentário neste post pois acho o tema muito interessante e filosófico. Mas na realidade acho que a maioria dos seres humanos falam de destino como se fosse algo exterior, esquecendo contudo que criamos nosso destino dia após dia. Claro que o sol não nasce pra todos, para alguns ele nunca nasce, e às vezes até mesmo a cor de um individuo pode decidir seus dias futuros. Porém isto não deve ser o motivo de se manter parado e sim a motivação para jamais perder a esperança na vida. Ninguém pode mudar sua origem, mas todo o ser humano é dono de seu destino e das decisões que toma para chegar até ele. Não adianta esperar, a espera não resolve, cansa, e quem espera nem sempre alcança.

As suas coisas espalhadas

Elas me observam andar pela casa, chorar escrever  quando é minha vez de observá-las choro um pouco mais por tudo que carregam viagens, lemb...