domingo, 23 de maio de 2010

Sinal

Sete luzinhas no teto.
Um livro com uma dedicatória,
um monte de papéis velhos,
coisas velhas escritas,
pessoas que passaram,
sorrisos paralisados,
bagunças, detalhes, coisas.
-Bem vinda, ele disse sem dizer uma palavra.
Esse é o meu mundo, e esse sou eu. Aquela ali com o cabelo na cara é você, ocupando um certo espaço no porta-retrato.
Eu não me assustei.
Pela primeira vez eu não me assustei.
Como quando eu aprendi sobre a saudade efêmera em dias comuns, eu não me assustei.
Eram sete luzinhas no teto do quarto e mesmo que coisas antigas estivessem escritas em papéis velhos, e mesmo que houvessem coisas que ainda não foram jogadas fora, eu era a oitava luzinha no teto. Por isso eu não me assustei.

Um comentário:

Anônimo disse...

oitava luzinha, brilha para mim...

uma mordida na perna um veneno de lagarta no dedo uma conta negativa no banco uma franja que eu não gosto um bloqueio criativo um medo que n...