domingo, 28 de março de 2010

Nove bilhões

Todos os dias me acompanha um tormento
de dor, de saudade, de ansiedade
Que será dos meus dias? Que será do que foi?
O que vai me restar, quando nada restar?
Dói a vida brotando, nova
Dói ficar sozinha por um segundo
E neste segundo, não ter ninguém
Mas logo alguém grita de longe, que alguma coisa aconteceu
Um assassinato, um nascimento, uma vitória ou uma derrota
Coisas acontecem a todo instante
Novas flores brotam no chão, enchentes encharcam o mundo
Eu, sozinha, nunca estou sozinha
O mundo inteiro não passa de uma solidão de nove bilhões de pessoas.

5 comentários:

Felipe Sanches disse...

Multidão, solidão.
(Felipe Sanches)

Minhas palavras são suas
e pelas ruas por onde ando
só vejo vultos e sombras.

Longas noites de espera
na interminável primavera
da semi-solidão relativa.

A chama está forte e viva,
mas queimando sozinha
sem ninguém a observá-la.

Carrego o carma da alma
amorosa, por concepção,
e dramática, por definição.

Nos dias de hoje, vago
pelos becos apertados
das multidões egoístas.

Por onde caminho,
não dou firmes pistas,
mas desejo ser encontrado.

Elo disse...

Ops!

Postei meu comentário no lugar errado...

hehehehe

Este texto é tocante!

Adorei.

bjo

Eu,Pamela Gama. disse...

Você é linda pelo que escreve, sério.sou sua fã!

Bombom disse...

às vezes, muitas vezes, vc lê meus pensamentos

Bianca Bibiano disse...

bem vinda ao mundo =]

As suas coisas espalhadas

Elas me observam andar pela casa, chorar escrever  quando é minha vez de observá-las choro um pouco mais por tudo que carregam viagens, lemb...