quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
Suspiros na chuva
Enquanto chove eu sei que um monte de gente morre, eu sei que ruas alagam, casas são destruídas, pais demoram para voltar para suas casas e mais outras complicações tantas. Acontece que eu só consigo imaginar a sua alegria com tantas poças d'água para passar com o carro. A água passa por lugares que nunca seriam molhados antes, eu fico imaginando ela entrando pelos cantos do carro, você me dizia.
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2 comentários:
Água
(Felipe Sanches)
Só vejo água em meu horizonte.
Horrorizante cortina d' água
que banha minha mágoa
diante de decepções banais.
Personagens casuais de momentos
pequenos em tamanho, mas
grandes em intesidade.
Nesta cidade onde tudo
que vem é água na face,
tapa na cara.
Uma personagem por dia.
vocÊ me fez lembrar da parte final de um poema do E. E. Cummings:
"Ninguém, nem mesmo a chuva, tem mãos tão pequenas."
Linda frase, não é?
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