quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Presos no peito

Não vou dizer o que eu sinto.
Você não vai saber de minha boca.
O que eu sinto é muito peito para pouco coração,
é muita veia para pouco sangue,
é talvez vazio demais.
O que eu sinto não vou dizer,
é muito mais do que eu posso aguentar,
-e talvez eu nem aguente.
O que eu sinto não é por você,
e é muito maior que tudo isso.
Não posso dizer, você não entenderia.
Talvez corresse de medo
Talvez ficasse para me salvar.
Mas eu acabaria te salvando afinal,
não ia dar certo.
Não posso falar o que sinto,
seria necessária muita voz, e eu mal consigo suspirar.
Aliás, o que eu sinto é isso:
tenho todos os suspiros do mundo
presos no peito.

6 comentários:

Felipe Sanches disse...

"...nada dói e nada cura; nada amanhece a noite escura da eternamente chuvosa tarde dominical."

Bianca Bibiano disse...

lindo o seu tbm!!!
é uma pena q essas malditas tristezas nos façam escrever melhor...

estcin disse...

"Aliás, o que eu sinto é isso:
tenho todos os suspiros do mundo..." pelo seu talento. Bonito mesmo, Maria Clara.

Anônimo disse...

O que eu sinto você já sabe...

Priscila Rôde disse...

Solte alguns,
suspiros podem dizer muitas coisas!

Eu,Pamela Gama. disse...

uau,ele sempre me pergunta o que eu estou pensando,e sabe o que eu respondo? "melhor voce não saber" eu também não posso simplesmente dizer o que eu sinto,me identifico com 50% dos teus textos pelo menos.adoro aqui!

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...