Eu ficava lá, sem precisar me preocupar com respiração, comida, palavras. Às vezes eu ouvia sua voz bem distante cantando uma música suave para mim. Eu dormia bem. Sonhava com coisas que eu não conhecia. Sonhava uns sonhos sem cor ou formas. Era tudo tão tranquilo, em paz. Um oceano sem começo nem fim. A única coisa que importava é que eu cabia ali, o espaço era suficiente para eu e você. Mas eu comecei a não caber mais... Eu comecei a precisar ir embora dali, forçadamente. Eu não queria partir. Eu não queria ouvir maldades, sentir tristeza, solidão, desconforto. Mas eu tive que partir. Foi então que eu senti o meu primeiro trauma: quando eu tive que sair do útero da minha mãe.
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
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eu ajunto a coragem
eu só quero o que desejo porque há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento há tempos eu percebo minha vida, meu sossego bem...
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Estou me esforçando para não olhar demais para o seu rosto. Me esforço também para não pegar na sua mão e nem encostar no seu ombro. Vou faz...
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Nos olhamos sem entender não sabemos e jamais saberemos seguimos nosso trabalho e nossas vidas de vez em quando nos olhamos desconfiadas, s...
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Desde então não te obedeço. Tenho ficado sozinha, não tenho mais hora para sair. Meu tapete vazio do seu corpo, as coisas sem seu cheiro, t...
2 comentários:
Há bem pouquinho (5 minutos)que encontrei, por acaso, o seu blog. E que blog! Acho você uma pessoa surpreendente, fascimnante! "Quando eu sinto vontade de escrever, eu estou quase explodindo de vontade. E não há cadernos, livros, papéis ou blogs que me segurem. Eu vou escrevendo desesperadamente em qualquer canto do mundo. Do meu mundo. Escrevo até na parede se me for preciso." Não páre! TEU FAN!
Fascinante!
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