Eu ficava lá, sem precisar me preocupar com respiração, comida, palavras. Às vezes eu ouvia sua voz bem distante cantando uma música suave para mim. Eu dormia bem. Sonhava com coisas que eu não conhecia. Sonhava uns sonhos sem cor ou formas. Era tudo tão tranquilo, em paz. Um oceano sem começo nem fim. A única coisa que importava é que eu cabia ali, o espaço era suficiente para eu e você. Mas eu comecei a não caber mais... Eu comecei a precisar ir embora dali, forçadamente. Eu não queria partir. Eu não queria ouvir maldades, sentir tristeza, solidão, desconforto. Mas eu tive que partir. Foi então que eu senti o meu primeiro trauma: quando eu tive que sair do útero da minha mãe.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
As suas coisas espalhadas
Elas me observam andar pela casa, chorar escrever quando é minha vez de observá-las choro um pouco mais por tudo que carregam viagens, lemb...
-
Naquela sexta-feira eu tinha um casamento. Ou talvez uma festa chique, não sei exatamente. Quis fazer meu cabelo, minhas unhas, maquiagem. P...
-
Tudo isso para tão pouco, talvez pior do que pouco, talvez pior do que nada. Tudo isso para um abismo.
-
Por que foges, beija-flor? Não vês que te espero? Não sabes onde estou? Eu vi o sol nascer -E morrer tantas vezes. A ti eu vi tão pouco, Não...
2 comentários:
Há bem pouquinho (5 minutos)que encontrei, por acaso, o seu blog. E que blog! Acho você uma pessoa surpreendente, fascimnante! "Quando eu sinto vontade de escrever, eu estou quase explodindo de vontade. E não há cadernos, livros, papéis ou blogs que me segurem. Eu vou escrevendo desesperadamente em qualquer canto do mundo. Do meu mundo. Escrevo até na parede se me for preciso." Não páre! TEU FAN!
Fascinante!
Postar um comentário