sexta-feira, 21 de fevereiro de 2025

uma mordida na perna
um veneno de lagarta no dedo
uma conta negativa no banco
uma franja que eu não gosto
um bloqueio criativo
um medo que não passa
é janeiro ainda

não ver o tecido

 tem qualquer coisa de ex 
tem algo de colher também
tento divagar sobre escolhas
a dor todavia me atravessa
no vislumbre de outra vida
reflito sobre poder e sobre ter sido 
não encontro indício
e tecer não é isso? 
Um agora crescendo no forno
me iludo no entanto 
pensando ser esse o resigno
olhar o passado 
não ver o tecido.





Não há manhã

 Falo sobre filhos 
como sobre o café da manhã
exceto que não há 
manhã para o café


até o barulho da porta

No café da manhã te conto um sonho você finge não entender  te beijo e abraço suas costas você beija de volta e vai embora fico com as suas ...