quarta-feira, 12 de novembro de 2014
Oito para as onze
Dez para as onze. Na minha mesa: uma crítica ao filme que eu não quero ver, mas que eu me arrependi de ter desprezado na sua cara. Eu devia ter desprezado só internamente. Tem também um tubo de hidratante que já estava no fim, mas ainda tinha um pouco então eu cortei o tubo e descobri que ainda tinha muito. Ouço uma música de violão - achei que eu tinha enjoado de músicas de violão, mas não: elas é que tinham enjoado de mim. Oito para as onze, melhor eu começar a fazer alguma coisa útil. Vou desenhar um gatinho com as minhas canetas coloridas. Queria ter nascido com uma voz boa para cantar, músicas são bem mais vendáveis do que textos ou desenhos de gatinhos.
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Um comentário:
Tava pensando nisso ainda agora. Músicas são mais rentáveis, eu acho. E ainda dá pra esconder a dor da sua letra em uma batida mais legal e animada.
No texto, não. Você só tem a palavra e o silêncio.
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