Eu ia escrever uma carta, mas o grito que vinha de dentro era alto demais. Uma carta não bastaria. Eu ia aparecer no meio da sala da casa dele, fechar a janela e dizer tudo o que eu queria dizer. Mas eu tive medo. Medo de entrar lá e não sair nunca mais - igual a todas as outras vezes. Eu ia ligar, eu ia ajoelhar, eu ia abraçá-lo até sair sangue. Mas eu não fiz nada disso. Eu me calei. Eu deixei o sangue pulsar. Eu o via de longe e guardava o grito, guardava o choro, guardava o coração de volta no peito. Eu não disse nada e ele foi embora. Ele desistiu tranquilamente, resignado e em paz. A mesma paz que ele me roubou.
quarta-feira, 5 de setembro de 2012
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4 comentários:
Serei eu? Que pretensão!
Pretensão? De quem, minha? Não entendi!
Que pretensão a minha de pensar que você pensa em mim.
SAIAAAAAAA DO ANONIMAAAAAAAAAAAAAAAAAAATOOOOOOOOOOO
CACILDSSSSSSSSSSSSSSSS
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