Ocupo meu olhar com coisas tão pequenas, que quase não as enxergo. E quando vem a noite, o silêncio, a calmaria, o escuro, é que enxergo bem. No som do sono de meus pais, no som da casa dormindo completa, no silêncio dos sonhos, é que eu consigo ver. O dia enorme, claro, óbvio, barulhento, me cega. As pequenas coisas que vejo do dia me cegam. O grande e belo eu vejo à noite, quando não há nada para ser visto. Meu olhar, tão ocupado com as pequenas coisas, já está quase cego.
sábado, 5 de abril de 2008
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