quarta-feira, 31 de agosto de 2011

domingo, 21 de agosto de 2011

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Besterinha

O poema que eu fiz para você,
fiquei de te entregar,
mas sabe o que é?
Eu estava no jardim
dobrando o papel,
quando um passarinho bem esperto
levou o poema embora.
Não consigo escrever de novo,
não lembro as palavras,
mas eu sei que você não ia gostar.

Como a saudade

Eu não vou desistir, isso eu lhe prometo.
Mas eu não posso garantir que a vida,
louca como ela é,
inconsequente, inesperada e maldosa,
eu não posso garantir que ela não vai me levar em um barco
que aos poucos descreve um arco, e evita atracar no cais.

Para mamãe

Ando tão emocionada, não sei porquê.
Encontrar a Iemanjá envolta num tercinho
me fez chorar ali sozinha.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Epílogo

Ele começou a cantar. E na aflição de saber o quanto tudo é sempre tão efêmero, ela começou a filmá-lo. Mas, naquele mesmo momento, algo estranho aconteceu e ela teve que parar de filmar. Ela sentiu uma espécie de saudade que só sentiria no fim da história deles dois. Ela sentiu aquela saudade, e por isso achou melhor não filmar mais, para não catalizar a dor que viria, quando viesse. Ele cantando seria apenas uma memória que poderia se tornar um borrão um dia, depois que o fim chegasse. Sem registrar o momento, seria uma lembrança a menos para doer. Ele continuou cantando sem nem imaginar o que se passava dentro dela. E ela, mais uma vez perdida, esqueceu: esqueceu de ouvir ele cantando, esqueceu que eles estavam ali, esqueceu de viver aquele momento.

"A vida continua..."

MAS CONTINUA COMO MEU DEUS?

(1) amor; (2) falta

O amor é incompleto e sempre falta alguma coisa:
Uma ponta, um pedaço, um pouco.
Mesmo quando é inteiro, é incompleto.
E isso não tem nada a ver com a falta de amor.
É que amor e falta são complementos,
são irmãos, parceiros, são juntos.
Mas que fique bem claro, que não reste dúvidas:
isso não tem nada a ver com a falta de amor.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Boa noite

Boa noite, eu disse.
Na verdade eu queria ter-lhe dado um beijo e deitado no seu peito.
Mas não dá para fazer isso pelo telefone, não é mesmo?

Para um menino sem nada

Vinícius, o poetinha, escreveu para uma menina com uma flor. Um poema lindinho. Coisas pequenas, parece de criança. Eu escrevo para um menino sem nada, um menino que não me deu uma flor, e por isso eu não poderia ser a menina com uma flor.

Anti-sinal

Eu escrevo para saber de você. E também porque hoje eu me peguei contando os números das placas dos carros, e nenhum dava 18.

SAP no céu

Tem gente que diz que fala com Deus. Eu não. Pra mim ele fala muito rápido e eu não entendo nada que ele diz. 

eu ajunto a coragem

eu só quero o que desejo porque  há o seu abraço o seu tempero o seu tempo, temperamento  há tempos eu percebo  minha vida, meu sossego  bem...